segunda-feira, 30 de abril de 2012

Envelhescência


Quando somos jovens, temos a tendência de viver nossos dias como se a idade não fosse chegar até nós. Muitas vezes observamos a sociedade desdenhar das pessoas idosas e não raro, negar a elas seus direitos de usucapião. É o ainda prevalecente, porém, antigo conceito grego do culto à juventude misturado com muitos mitos também de longas datas, tais como: Senilidade, Isolamento, Inutilidade, Baixa criatividade, Baixa capacidade de aprendizado, Assexualidade entre outros tantos.


Para a maioria dos idosos, estes mitos foram comprados durante a vida por um alto preço e assentados em seu ser de maneira branda e por isso imperceptível. Sendo assim, aceitam esta imposição social de forma reminiscente e sem questionamentos, abafando e indo contra a voz de sua alma que grita o oposto. Mentem o que sentem e o que na verdade querem a bem de sua paz e assim, exercem esse bruto e impositivo papel de efemeridade.

Saibam que o idoso não tem os mesmos hábitos do jovem tal como de sair e chegar madrugada adentro por causa das folias em que estes se embrenham, unicamente, não por serem “velhos”, mas pelo motivo destas coisas terem perdido o encanto, já que as conhecem bem de cor e salteado. Tais, já não são novidades para eles como é para o jovem. Tudo tem seu tempo e sua vez. E nesta base, os mais velhos estão bem mais distantes das coisas elementares da vida, porque nesta fase, enquanto o tempo vai provocando rugas no rosto, este mesmo tempo vai deixando o espírito mais límpido e luminoso. 

Bom também é nos lembrar de que os idosos um dia foram jovens. Contudo, os jovens de hoje, não sabem se amanhã serão idosos. E isto é um paradoxo, muitos jovens desdenham dos idosos, mas nenhum deles querem morrer antes de envelhecerem.

Nos dias de hoje, com o fácil acesso as informações e cultura, os idosos estão mudando gradativamente este conceito e se libertando das imposições sociais e assim, tendo uma velhice digna e embasada em sua experiência existencial que lhes proporcionam uma qualidade de vida que jovem algum jamais terá, pelo fato destes últimos não terem feeling ou percepção abrangente. Sabem passear e se entreterem sem causarem problemas a si próprios e aos outros.

O tempo vai passando e os passos da pessoa vão diminuindo sua velocidade, primeiramente por suas experiências e depois pelas limitações naturais da idade. Esta última é Deus conduzindo o indivíduo pelas mãos e encaminhando ele a pacificação do coração, ao arrependimento e a paz de espírito para seu encontro com o Pai Eterno enfim...

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