Verdadeira Devoção à Nossa Senhora - I

Com o grande avanço das seitas evangélicas com suas teologias fracas, porém, devastadoras da já tão enfraquecida fé de muitos, são poucos aqueles que realmente conseguem entender a plenitude do papel de Nossa Senhora para nossa salvação, da qual Deus planejou desde tempos remotos (Is 7,14; Gn 3,15). Desta forma, darei aqui minha modesta, porém abalizada colaboração à Igreja única de Cristo para tentar desfazer possíveis estragos causados por aqueles que, quer por ignorância invencível, quer intencionalmente tenha causado na fé de muitos segundo o assunto aqui proposto.



O tema ora tratado, nada mais é do que um rápido apanhado do admirável livro “Tratado da Verdadeira Devoção da Santíssima Virgem” de São Luís M. G. Montfort com reflexões minha para melhor compreensão do assunto para não se tornar uma mera repetição daquilo que já está escrito, até porque, alguns teriam dificuldade para compreender se fosse apenas transcrito. Também, estarei discorrendo apenas em dois assuntos que considero de suma importância, ficando portanto, o restante do livro para próxima empreitada. Pois então vamos lá... 

1- Evangélicos dizem que Maria não é nada perante Deus.

Quando fazem tal declaração, estão exprimindo uma verdade ordinária, portanto, evidente até mesmo a qualquer tolo já que nosso Criador é infinitamente maior que suas criaturas limitadas. Argumentar assim é como dizer que a água serve para matar a sede. É óbvio!

Contudo, por mais básico que seja este argumento, ele tem uma falha grave de interpretação que passa despercebida por ser uma clara verdade. Pois bem, esta é a visão de Deus quando nos olha com seus próprios olhos. Assim, quando observado neste ângulo, Santa Maria realmente é um nada diante do Deus Todo Poderoso. Como não somos Deus, este argumento esvai-se já que devemos olhar para Virgem Maria de baixo para cima, que é nosso real lugar e dela também, patentemente.

Quando olhamos Maria sob nossa ótica proprietária, ela se faz realmente grandiosa. Isto se dá não é por menos, já que as sagradas escrituras dizem que 'as gerações a chamarão de bem aventurada por causa das grandes coisas a muito aguardado que Deus fez por ela’ (Lc 1,39-49). Deus a utilizou sublimemente em seus propósitos tal qual jamais havia feito... E que feito! Neste quesito apenas a Igreja Católica, a verdadeira Igreja de Cristo compreende este preceito.

2- Evangélicos dizem que Deus não precisa de Maria para salvação. 

Está aí outra verdade bem básica reconhecida por qualquer um já que Deus é infinito em poder, porém, percebam que Ele é soberano na liberdade de suas ações. Portanto, convém apontar outra grave falha de visão cognitiva daqueles que defendem esta idéia. Assim sendo, seria bom entender de uma vez por todas que apesar de Deus não precisar de Maria, Ele em seus propósitos quis precisar dela (Is 7,14). Ele assim fez independentemente se concordamos ou não (Dn 4,35; Rm 9,20). Portanto, só nos resta concordar e confiar em Deus caso não entendamos os motivos. Ir contra Seus propósitos seria o mesmo de uma formiga tentar impedir uma locomotiva (Is 40,15).

Tanto Deus se propôs assim, que Seu emissário da mais alta patente foi até ela pedir consentimento para que Deus assim fizesse, que a propósito, profeta nenhum teve tal honra de tratativa sublime. Deus bem que poderia ter encarnado Jesus em um corpo já adulto como fez com Adão, mas Ele não quis assim, quis precisar de Maria.

Um ponto que é o catalisador do aqui proposto é que Deus não muda, Ele não mudou e Ele então continua querendo assim, livre daquilo de como gostaríamos que fosse (Pr 4,18; Tg 1,17). 

Conclusão

A Igreja de Cristo se formalizou no pentecostes, mas ela foi gerada ainda na cruz. Assim como Eva foi formada da abertura do lado direito de Adão, assim Maria se tornou a ‘mulher’ que seria a mãe de todos com Cristo na cruz quando seu lado direito igualmente foi aberto pela lança. Ali, a Igreja, a nova nação santa se formou tendo Cristo por Adão e Maria por Eva para gerar a partir do pentecostes, toda derradeira nação imaculada de Deus. Isso se confirma nas palavras de Jesus quando disse ao apóstolo João: "Filho eis aí sua mãe, Mulher eis aí seu filho". Entendendo desta forma, que quando Jesus se referiu a sua mãe por mulher, Ele estava identificando os protagonistas da primeira profecia bíblica em Gênesis 3,15. Maria se tornou assim, mãe da Igreja.

Essa é a fé da Igreja de Cristo única e verdadeira, portanto, disso percebemos que aquele que não tem Maria por mãe, não tem Deus por pai. Aqueles que rejeitam essa fé, estão colocando sua salvação em dúvidas, porque estão rejeitando não a Igreja Católica, mas sim, o meio que Deus usou para salvação dos homens. Quando aceitamos Cristo por salvador, temos de aceitar todo o conjunto desta salvação e não apenas parte dela. Lamentavelmente a ignorância invencível domina no redil do Senhor e os maiores doutores e docentes em tolices são os evangélicos brasileiros. Estes são os mais afetados pela imputabilidade da ignorância por parte dos nossos governantes que desejam manter o povo na base do futebol, carnaval e ócio em troca do 'aborrecimento' que são os estudos, a educação e a cultura elevada. A nação inteira foi imbecilizada por ter sido transformada em um amontoado de analfabetos funcionais, assim fica mais fácil dirigir a populaça. Que o digam as urnas.

Bem, retornando... Estes arrebanham adeptos por se aproveitarem da ignorância deles por difamar a Igreja de Cristo com palavras e raciocínios medíocres maquiados de erudição. É muito fácil caluniar a instituição de Cristo sem permitir da parte dela os argumentos refutadores com sua história duas vezes milenar unidos aos seus santos, doutores e sábios. Quando conseguem fazer um prosélito, o fazem não pela verdadeira fé, mas por uma caricatura de fé (Mt 23,15). Portanto, estes não rejeitaram a fé Católica, rejeitaram o fantoche que apresentaram dela. Erguem uma marionete mal feita da Igreja Católica e colocam fogo nela e dizem: “Viu como eu derrubo a Igreja facilmente?”. Isto equipara com a mesma valentia quando batem na marionete de Judas representando vagamente ao verdadeiro Judas Escariotes. Teatralizando com ignorantes fica fácil... Difícil é para nós Católicos ensinar sem dissimulação a verdade de Cristo aos tolos.