segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Existência do Mal


Se Deus é bom, porque há o mal? Esta é a pergunta que fundamenta a maioria esmagadora das pessoas e em especial os próprios cristãos que estão inanes espiritualmente e por conseguinte são relapsos com sua espiritualidade, entretanto, este é um alimento básico do espírito da qual seria o mínimo que estas pessoas poderiam fazer por si mesmas.


Bem, sabemos que as sagradas escrituras dizem que tudo o que Deus fez é bom e que também tudo foi abençoado (Gn 1,31). Sendo assim, Ele não criou 'o mal' porque Deus é bom. O mal na forma substancial não existe, o que existe é o mal moral da qual Deus não criou. Desta maneira, vemos que existe uma confusão na interpretação dos fatos por parte das pessoas. 

Mas ainda assim poderiam perguntar: 'E Lúcifer e seus anjos, foi Deus quem os criou!' Correto, não há outro quem os criou, contudo percebam que Lúcifer foi criado bom como ser e também bom moralmente, e assim permaneceu por incontáveis eras até o dia em que ele se corrompeu justamente por este motivo, a saber, achou-se tão bom que perverteu sua moral (Ez 28,11-19). 

O livre arbítrio é uma particularidade de todos os seres inteligentes,  esta qualidade demonstra a perfeição da qual fomos feitos. E Lúcifer resolveu usá-lo para o mal, contudo, como ser ele continua sendo bom, quero dizer, perfeito em sua metafísica. Se o livre arbítrio não tivesse sido concedido, os inimigos de Deus ao invés de usarem a liberdade concedida para difamar a perfeição, estariam agora usando a falta de liberdade para difamá-la, da qual teriam razões; mas sendo como é, o livre arbítrio é intrínseco de todos os seres inteligentes. Todos nós podemos fazer livre escolhas porque nos foi dada inteligência suficiente para tal responsabilidade e assim, estamos aptos a respondermos por estas escolhas.

Portanto, o mal como ser não pode existir assim como ele pode existir moralmente. Se o mal substantivo existisse, ele não seria absoluto porque ele teria o bem da existência (Sto. Agostinho). Portanto, o mal metafísico não existe, mas sim o mal moral da qual há verbos que o define tais como: Roubar, matar, xingar e etc. Outro exemplo, o dinheiro não é mal, o dinheiro é bom. Tanto é assim que trabalhamos para obtê-lo. O mal está na ação que praticam com ele ou por ele. Portanto, fica aqui evidente que o mal a que nos referimos, é o mal moral e não o metafisico.

O mal poderia ser definido com a seguinte equação matemática: 
Onde o bem menor seria o dinheiro e o bem maior a justiça. Quando colocamos o bem menor acima do bem maior, isso é definido como mal. Portanto, o mal é a inversão dos valores morais, mas nunca ele pode existir em substância porque Deus tudo fez bom. Nós é quem deixamos de fazer o bem e com essa ausência do bem, o mal aparece.

Portanto, com relação ao mal moral praticado, a promessa de Deus é que em Seu Reino, Ele desfará as obras do diabo (1Jo 3,8) e este e seus anjos serão definitivamente eliminados do meio da humanidade e a condição intencionada originalmente por Deus será restabelecida. O mal que hoje acontece, é um filtro que determinará os que deverão permanecer em território sagrado, daqueles que não receberão o 'green-card' de cidadania e portanto, estes deverão ser deportados dos territórios divinos porque não obedeceram a constituição estabelecida. 

Para aonde serão deportados não sei, mas sei que este universo inteiro é território de Deus. Quem sabe haverá uma embaixada pagã em algum lugar por aí que consiga acomodar os deportados. Pensando bem, melhor seria para estes se fossem aniquilados de vez, assim não teriam que amargar eternamente no fato de que tiveram a chance de serem cidadãos, porém recusaram por terem amado mais o mal passageiro que o bem eterno em exercício de seu perfeito livre arbítrio...

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