quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Em Quem Você Confia?


A confiança nas pessoas certas é uma importante chave dos segredos da vida. Abrir seu coração para a pessoa errada te causará problemas e sofrimentos desnecessários, contudo, se abrir seu coração para a pessoa certa, isto te fará amadurecer e te levará ao êxito.


Uma pergunta: Você seria capaz de bater em qualquer porta da rua e então abrir seu coração para a primeira pessoa que te atender? Creio que você chamaria essa atitude de loucura, correto? Pois é exatamente isso que acontece quando revelamos nossos sentimentos ou fatos mais particulares a qualquer pessoa, seja ela conhecida ou não.

A confiança não é questão de se conhecer a outra pessoa ou mesmo dela ser legal, também não é o caso de pertencer a mesma igreja, a mesma empresa, ao mesmo clube, a mesma ideologia e coisas assim. Uma pessoa pode até ser boa, porém, ela pode não ser boa para depositarmos nossa confiança quanto a determinado assunto. Por exemplo, você pode confiar em um colega para revelar um assunto profissional, mas no entanto, essa mesma pessoa poderia não ser adequada para se revelar um assunto conjugal. 

Observe o seguinte, você não pode colocar carga em um barco além do que ele possa suportar, caso contrário ele afundará e o prejuízo será grande porque você perderá sua carga e o barco por tabela. Portanto, temos que considerar duas coisas antes de confiarmos nossos assuntos e sentimentos a alguém:
1- Avaliar o valor do assunto que temos;
2- Certificar de que aonde será depositado nossos haveres, aquilo realmente irá aguentar.
Em outras palavras, deveríamos medir o peso do assunto e a estrutura da pessoa a quem jogaremos a carga em cima, para ver se ela suportará.

O livro 'O Pequeno Príncipe' mostra de modo belo e sublime o princípio que rege a confiança tratada de maneira sábia. Acompanhe o trecho extraído quando o Pequeno Príncipe estava diante de uma plantação de rosas: 
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

Conseguiram sintonizar o espírito do evento demonstrado? A confiança deve fundamentar-se na afinidade entre as pessoas, quero dizer, no entrosamento profundo entre as partes. Uma pessoa é especial entre bilhões quando temos uma história extensa com ela, onde ambos tem cumplicidade. Não se pode levianamente sair vomitando assuntos relevantes a qualquer transeunte de nossa vida. 

Jamais devemos ter hipnose pela gravata, pela batina, pelas insígnias, pelas medalhas, pelos diplomas e pelo poder. Devemos também policiar nossa língua constantemente para não falarmos demais por não termos nada a dizer. Nestes quesitos, deixo aqui três pensamentos para se ponderar:
1- Procure certificar-se que suas palavras sejam melhores que o silêncio;
2- O peixe morre pela boca;
3- Matar a sede com água do mar, te dará mais sede. Isto te obrigará a continuar bebendo até que a água que bebeu te mate. 

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