quinta-feira, 21 de julho de 2016

A Liga da Verdade

A unidade da Igreja é estabelecida pela natureza da verdade na propriedade em que a verdade é predominantemente uma. Assim, é impossível que a verdade seja uma multiplicidade de crenças conflitantes embasadas em malabarismos e esforços de pensamentos e ainda permaneça estável e crível.

Pelo motivo dos feitos humanos serem mutáveis, o relativismo é um conceito moderno introduzido pela classe científica, coisa que na ciência e na engenharia são necessárias para que haja melhorias e desenvolvimento em busca do bem maior. 

Contudo, para dar vazão aos caprichos humanos, homens pérfidos têm subvertido este conceito amplamente aceito na ciência por os aplicarem em doutrinas misticas, das quais ficam sujeitas aos momentos e as necessidades dos indivíduos. A verdade Divina sendo relativizada, transforma o próprio relativismo em agente orientador, da qual, a atual sociedade está mergulhada, e assim, deixa de ser percebida, procurada e exercitada, resultando justamente no oposto da ciência. Se acomodam em suas crenças e as mudam com tanta naturalidade quanto fazem um pedido de um prato à la carte.

A mente humana possui a capacidade de aprender a verdade por esta ser o contexto de nossa realidade, mas não consegue cria-la a seu bel prazer, pois, quando isso é feito, os hospícios se enchem de lunáticos ou as visões peculiares de mundo causam as desavenças e guerras que presenciamos.

A própria verdade científica é uma descoberta humana e não uma criação sua. Se o relativismo fosse a norma, seria impossível a existência da ciência metódica. A multiplicidade das relatividades científicas existem enquanto os homens permanecem no terreno das teorias que estão sujeitas a correções. Quando, porém, eles conseguem romper esta barreira e tocam na verdade, a unidade se impõe com propriedade absoluta e converge tudo ao imutável. Doravante, o relativismo é um palpite lógico provocado pela ausência da verdade, da qual, não resiste a ela ou ao tempo.

De mesma maneira, a verdade religiosa revelada por Deus, deve exigir essa profundidade de visão e raciocínio para se tornar tangível e efetivamente unir e sincronizar os espalhados como uma argamassa inquebrantável, pois, não se trata apenas desta ou daquela opinião de como se deve prestar culto à Deus, de como se deve entender a Sua Palavra e demais necessidades salvíficas, mas sim, da revelação do próprio Deus, O Imutável, O Eterno, sem que haja interferência por parte do homem, mas que seja resiliente à ela.

Desta forma, a verdade jamais foi uma criação dos caprichos humanos. Os sentidos podem perceber a realidade a nossa volta, descrevê-la e necessariamente vivê-la em consonância, mas não pode mudá-la para aquilo que deseja. Por exemplo, se eu entrar em um restaurante e pedir uma macarronada e o garçom me trouxer uma feijoada e dizer que aquilo é macarronada por ser sua verdade particular, ainda assim, a verdade de uma feijoada está ali na minha frente, independente dele ou milhares crerem que seja outra coisa (exceto se estivermos em outro país, aí a 'manteiga' pode virar 'burro'). 

Para ser específico, nem Deus cria a verdade, pois Ele é a eterna, infinita e absoluta Verdade. Deus naturalmente emana a verdade sem esforço algum, pois Jesus nunca disse: "Eu sou o anunciador da verdade!", porém afirmou: “Eu Sou a verdade". Só a religião depositária de todas as verdades Divinas pode seguramente indicar ao homem o caminho seguro a trilhar. Deveria, portanto, ser algo tão natural ao nosso intelecto e ao nosso espírito, que apenas uma é a Igreja de Cristo, o que implica que as demais são falsas e contraditórias e isto é óbvio, pelo menos deveria se-lo. 

Portanto, só uma religião pode ser verdadeira e só é verdadeira aquela que conserva desde o princípio e através dos tempos, dos lugares e das pessoas, a mais perfeita unidade doutrinária imutável. Sob esse prisma, é fato que a Igreja Católica Apostólica Romana representa o aspecto da mais inseparável unidade a despeito dos milênios decorridos. E não há nenhuma iluminação Divina em nosso dias além daquela que já foi firmada pelos santos Apóstolos, pois o último profeta foi João Batista, hoje há apenas anunciadores das boas novas para a humanidade.

Ademais, nós que observamos as instituições humanas no desenrolar dos tempos, percebemos que nunca conseguiram conservar uma concordância, são mutáveis, volúveis e sujeitas as circunstâncias. Até mesmo esse sinal da precariedade das obras humanas deveria servir como indicador daquilo que é humano em contraste daquilo que é Divino. E a história está repleta de exemplos que diferenciam-se da firmeza da Santa Igreja Católica instituída por Nosso Senhor O Imutável.

Quem raciocina com sobriedade e profundeza de espírito sobre as miríades de seitas protestantes, conclui que é impossível admitir a verdade cristã nelas. Suas dissonâncias, gritam sua essência puramente humana, a começar de seus fundamentos, apesar de demonstrarem em algum momento um fio de verdade pelo motivo de se apropriarem de nossa Bíblia como se fosse uma criança que encontrou um doce. E ainda possuem a petulância de falar que somos do diabo por crerem que a Bíblia caiu do céu tal como os Mandamentos mosaicos.  

O fato de falarem em Deus não é indício de comunhão com Ele. Poderia Deus se destituir de Sua verdade eterna para abraçar a todas as práticas dissonantes de um relativismo que vai contra Sua própria essência? Acaso Deus é humano? Aceitaria Ele os espíritas porque se reúnem dois ou três em terreiros em nome de Jesus para lerem o evangelho? Aceitaria Ele todas as implicações de salvação instituída por homens, apenas porque um grupo de dois ou mais protestantes em cada uma das milhares de seitas divergentes, estão espalhados e falando em Seu nome uma relatividade qualquer? Não, evidente que não, pois o próprio Jesus sinalizou que falar e fazer algo em Seu nome, não identificaria a pessoa como estando praticando a verdade revelada, pois falta-lhes o óleo do Espírito da Verdade para manterem suas candeias acesas, e assim, iluminarem a vontade dAquele que está nos Céus.

O fato dos protestantes não compreenderem certas verdades da Igreja de Cristo, não lhes dá licença para cozinharem suas próprias 'verdades' à la carte, pois, Cristo morreu não por todos, mas unicamente pela Sua Igreja, e assim, estão ledamente embrenhados por caminhos perigosos. Devem procurar imediatamente compreender aquilo que não entendem em vez atirarem pedras para defenderem suas posições. Talvez seja difícil largar a droga que os mantém iludidos pelo poder do domínio, pelos ganhos financeiros sobre Deus, pela ideia de fazerem parte de um grupo seleto e demais devaneios. Este é o remédio para o espírito, não há outro caminho menos doloroso.

A Bíblia contém as verdades da Igreja Católica e não a Igreja Católica que contém as verdades bíblicas como eles querem aplicar em suas 'denominações', pois, antes da palavra virar um livro com zíper, ela era o Logos, o Verbo e impulsionada durante séculos pela tradição oral apostólica. Este é o motivo deles serem aos milhares com cada qual pregando uma doutrina diferente nesta moderna Babilônia, porque se compreendessem a verdade pela real essência na conformidade dos santos apóstolos, depositários da fé e fundamentos da santa Igreja, não seriam protestantes, mas sim, Católicos...

Ainda que a mentira faça muito barulho e alarde, o tempo mostra sua justiça por os calarem.

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