quinta-feira, 24 de julho de 2014

A Excelência

Séculos se passaram ao longo do desenvolvimento humano e a conclusão que tenho embasada na história deste trajeto é que, no quesito básico dos valores humanos, estamos involuindo, quero dizer, retrocedendo ao reino animal irracional, visto que os indivíduos estão sendo conduzidos apenas pelos seus sentidos como era originalmente, em outras palavras, se governar apenas pelos sentidos é o mesmo que agir por instintos.  

Após milênios de desenvolvimento humano, chegamos a um patamar de muitas possibilidades e detalhamentos de existência. A tecnologia como bem sabemos, tem diminuído as distâncias e quebrado fronteiras, línguas e culturas diversas. O conhecimento a todos está disponível e é gratuito. As faculdades pululam por todos os lados e com muitas facilidades para se cursa-las. 

Diante deste quadro social, vislumbraríamos um alvorecer de seres de elevado grau se não fosse o estranho paradoxo do lamaçal que engoliu a inteira sociedade global. Quase todos estão sujos com essa lama fétida, quando no momento atual era para estarem alvos por causa de sua inteligencia, conhecimento, compreensão e cultura erudita.

Porém, eis que surgiu um intenso questionamento em minha mente: Deveria ser portanto, a busca da informação a força motriz que alimenta nossa mente?

A resposta é evidente, basta olharmos pela janela lá fora, quero dizer, observarmos os noticiários para percebermos os entulhos nada agradáveis de tanto foco em informações medíocres e entretenimentos áridos que estão arruinando o discernimento coletivo e assim, suas inteligências, pois esta, deveria ser usada a favor do bem comum, e bem parece que o contra está ganhando mais espaço. Os exemplos são poderosos formadores de opinião e os grandes heróis eleitos de hoje são miseráveis demais para esta empreitada. 

A conclusão que cheguei é que há uma distinta propriedade da verdadeira inteligencia que nunca trabalha em detrimento dos demais e esta deveria ser o centro de nossa busca, a saber, a Sabedoria. Viver assim  não é questão de justiça, recompensa celeste, bondade ou qualquer outra beatitude, mas é a mais pura e destilada forma de inteligência do bem viver.

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