sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não Estamos em Beco

Buscamos o amor, mas encontramos o ódio;
Buscamos a paz, mas encontramos conflitos;
Buscamos o silêncio, mas encontramos ruídos;
Buscamos a ordem, mas encontramos tumultos;
Buscamos a bonança, mas encontramos a crise;
Buscamos a união, mas encontramos a partição;
Buscamos a verdade, mas encontramos a ilusão;
Buscamos a justiça, mas encontramos maldades;
Buscamos companhia, mas encontramos solidão;
Buscamos o estável, mas encontramos pertubações;
Buscamos a felicidade, mas encontramos desilusões;
Buscamos a verdade, mas encontramos contradições;
Buscamos um caminho, mas encontramos bifurcações;
Buscamos o equilíbrio, mas encontramos desigualdade;
Buscamos a segurança, mas encontramos desamparos;
Buscamos o compreensível, mas encontramos equívocos;
Buscamos o entendimento, mas encontramos desavenças;
Buscamos a compreensão, mas encontramos intolerância.

Nenhuma solução emerge das barreiras porque o problema não está lá, acolá, ali ou aqui, a culpa não cabe necessariamente aos outros, mas a falha maior se encontra dentro de nós, tão profunda quanto a residência de nosso espírito.

Desde que nascemos, muitos nos conduziram segundo seus desejos: Nossos pais nos educavam, mas também nos apresentavam o conveniente para si e nem sempre seus exemplos eram bons. Na escola e na universidade nossos professores não se limitavam a lecionar, mas em autoridade, nos submetiam a conceitos particulares. No trabalho somos dirigidos segundo vontades alheias e impositivas. Em sociedade, a contra gosto, padecemos bombardeio de tolices e frivolidades, além de nos dizerem o que devemos comer, o que devemos vestir, quais devem ser nossos heróis e por aí vai.
   
Assim, passamos a vida sendo conduzidos como bois por tais imposições que coíbem nossa inteligência, nossa capacidade investigativa e nossa maneira natural de sermos. Desta forma, roubamos de nós mesmos a informação de que possuímos um grande potencial latente pronto para eclodir e que, portanto, não necessitamos que ninguém nos coloque ganchos e nos arraste por onde queiram segundo seus bel-prazeres. 

Este fato nos fez adquirir o hábito da preguiça mental e desta forma, as rédeas de nossas vidas que deveriam estar firmes entre nossas mãos, são entregues docilmente à outros porque achamos mais fácil ter alguém para nos dizer o que fazer e o que não fazer. Acreditamos ser cansativo demais chegar por nós mesmos a uma conclusão ou então, mesmo não concordando, acreditamos ser mais cômodo seguir o fluxo e ganhar um sorriso de aprovação daqueles que por nossa ignorância, medo ou encanto os instituímos por nossos senhores.

Este é o preço pelo comportamento leviano diante da vida...! Vida leva eu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia antes de deixar aqui seu comentário sobre esta postagem...