segunda-feira, 23 de julho de 2012

Se 2 + 2 = 4 Então Deus Existe


Vivemos em um período de tempo onde predomina a má fé daqueles que conduzem bovinamente a multidão por explorar sua ignorância (Mídia, TV, Filmes, Livros, etc). Como essa multidão não tem um conhecimento mínimo de doutrina e filosofia, julgam que provar a existência de Deus seja impossível, já que repetem metodicamente aquilo que escutam. Já dizia o filósofo Joseph de Maistre: ”Ninguém diz ‘Deus não existe’ sem antes ter desejado que ele não exista”. Portanto, quando um indivíduo não deseja Deus em sua vida, ele afirma: ‘Deus não existe e ninguém pode provar isso’ ou ‘A existência de Deus é questão de fé cega’. Esta é uma forma de massagear seu ego para justificar seus maus desejos ocultos ou seus atos torpes.


Também tem aqueles que não apenas fazem essa afirmativa, mas odeiam a existência de Deus. Oras, sabemos quem são pelos ataques e zombarias que fazem aos cristãos e como a maioria dos cristãos não sabem como se defender, fica a aparência que os raciocínios ateístas se fundamentam em bases racionais e científicas. Para estas pessoas há uma ironia quando dizem ser racionais, pois, tolos é o que são, como podem odiar aquilo que ‘não existe’? Se odeiam é porque no fundo de seu ser, creem em Deus mas o repudiam.

O Século XXI não quer que Deus exista para que possa continuar em sua loucura nas drogas, na imoralidade, no ócio, nas festanças irresponsáveis, no entretenimento imoral, na especulação financeira dos fracos e por aí vai.

Contudo, tudo aquilo que é bom ou descente o mal faz questão de ocultar ou disfarçar para que a humanidade não evolua e ela então consiga sair de seu estado de letargia para o estado de pleno despertar da inteligência e da sabedoria que os liberta do jugo dos maus e isto, aqueles não desejam e lutarão até a morte para manter estas pessoas como bovídeos.

Desta forma, resolvi dar minha pequenina contribuição para tentar reverter esta patologia cognitiva e espiritual. A matéria aqui exposta é fácil de entender, porém, exige um mínimo de raciocínio, sendo assim, analise com calma e atenção.

Breve Histórico
Aristóteles (384 - 322aC), grande filósofo grego e pai da metafísica elaborou o que eu chamo de postulado do ‘Ato e Potência’, mais tarde São Tomás de Aquino (1225 - 1274 dC) redescobriu essas evidências e incorporou este raciocínio no catecismo da Igreja de Cristo. 

As Provas
Conforme as observações de Aristóteles, a matéria é dinâmica e com isso ocorre um constante movimento dela como por exemplo uma lâmpada pode estar acesa ou apagada, uma parede pode estar pintada com qualquer cor que seja, um objeto pode se deslocar de um lugar ao outro, uma montanha pode aparecer ou desaparecer, um átomo pode ganhar ou perder um elétron e por aí vai.

Pois bem, toda matéria tem propriedades que podem ser mudadas, contudo estas propriedades não mudam sozinhas, necessitam de um outro elemento que tenha aquela propriedade ativa para que seja estimulada esta mesma propriedade neste outro elemento da qual ela não está ainda ativa. Por exemplo: Uma lâmpada não acende sozinha, uma parede não muda de cor por si mesma, um continente só se desloca por forças externas. Desta forma, a matéria ou elemento tem dois estados em suas propriedades que Aristóteles denominou de Ato e Potência.

Potência: É a capacidade de um elemento receber uma qualidade e assim mudar seu estado atual para aquele outro estado recebido. 
Por exemplo: Uma parede que pode receber uma cor qualquer diferente daquela que vigora no momento. Diz-se então que a parede apesar de estar numa determinada cor tem potência para vir a ser amarela, vermelha, azul e etc.

Ato: É a qualidade que vigora ou está ativa em um elemento naquele momento. 
Por exemplo: Uma parede que tenha a cor verde. Diz-se que a parede está verde em ato.

Então concluímos que uma parede é verde em ato com potência de vir a ser amarela, vermelha, azul e etc. Esta característica de mudanças é intrínseca de toda matéria existente, esteja ela no nível atômico ou como um objeto qualquer posicionado em um ponto qual for do universo.  Nestes termos, percebe-se a semelhança com a teoria de Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Disto se entende que um elemento em potência só poderá mudar mediante uma movimentação impulsionada por uma energia em ato. Deste modo, uma potência não existindo, não haverá mudança. Por exemplo: Um copo plástico com água diante do fogo irá fazer o plástico queimar porque ele tem potência para queimar, porém, a água não irá queimar, mas ela tem potência para evaporar.

Portanto, um elemento mesmo em potência só muda de estado na presença de um outro elemento com aquela propriedade em ato. Uma substância jamais altera sua característica sozinha já que a matéria tem por distinção ser potência. Por exemplo, uma parede verde jamais vai ser amarela por si mesma se não houver um elemento com a cor amarela em ato para transferir aquela característica a esta parede, tal como a tinta amarela.
Nada muda sozinho, pois se mudasse não estaria em potência, mas seria ato e desta forma não haveria mudança, pois sendo ato, ele é o que é, não muda. Para mudar, presume-se que a potência tem que primeiro estar presente. Para provocar a mudança, presume-se que o ato tem que estar presente.

Desta forma, podemos analisar a matéria quanto a sua existência dentro do tempo. Esta pode ser finita ou infinita. Vamos em primeira instancia, analisar a matéria na infinitude do tempo e assim, também perceberemos ela no finito.

Antes de prosseguir temos que saber o que é o tempo. Bem, podemos definir tempo como uma medida hipotética entre o inicio de um movimento e seu fim. No caso de nossa sociedade, foi adotado o dia com 24 horas e daí suas subdivisões.

Assim, o tempo é o agora que se desloca dentro do infinito enquanto o eterno é o agora estático dentro do infinito. 

A Matéria no Tempo
Como toda matéria tem movimento que começa e termina, ela não pode ter origem no infinito, já que está dividida em fases e o infinito não se divide. O infinito dividido em 1 Trilhão continuará sendo infinito. O infinito é estável, não progride e nem reduz quantitativamente. Por exemplo, os números não são infinitos, eles são indefinidos. Eles apenas podem sucessivamente ir recebendo uma casa decimal a mais, mas nunca alcançarão o infinito por mais rápido que incrementem.

Desta maneira, um movimento foi originado por outro e este outro por outro e assim continuamente. Se esta série de movimentos adentrar ao infinito atrás, ela não aconteceu, porque não houve um princípio que desencadeou esta série de movimentos, porque se houvesse princípio, não seria infinito. Portanto, a matéria teve que forçosamente ter uma origem, um momento exato dentro da eternidade que originou toda a série de transformações, uma energia em ato absoluto que deu o primeiro impulso para as reações se desencadearem. 

Se esse ato primeiro não fosse absoluto, ele teria sido uma potência necessitando sobremaneira de um ato, portanto o ciclo ainda estaria concorrendo e não seria o princípio. Desta maneira, se esta série de movimentos é finita, ela exigiu um primeiro Ser lá na ponta em ato absoluto, este Ser teve que possuir em si todas as qualidades em ato absoluto e nenhuma potência para que o ciclo pudesse ser iniciado. Este primeiro Ser é o Ser necessário que possui todas as qualidades em grau absoluto, pois se ele tivesse possibilidade de aumentar ou diminuir em alguma qualidade ele teria potência e assim estaria impossibilitado de ter dado início a esta série de movimentos pois estaria morto em si aguardando pela qualidade exigida para reagir. Assim, ele tendo potência e estando na ponta, não existiria, porque para existir necessitaria de um ato absoluto em existência.

Não é por menos que Deus disse a Moisés que seu nome é ‘Eu Sou’. O que Moisés teve que escutar da boca de Deus para entender, Aristóteles com sua fantástica inteligência descobriu por si mesmo.

Deus não muda porque Ele é ato absoluto, todas as qualidades Ele as possui em grau absoluto. Ele é imortal. Ele é a fonte da vida. Ele é o amor. Ele é a justiça. Ele é a bondade. Ele é onipresente. Ele é onisciente. Ele é o agora fixo sem princípio. Deus não era e nem será, Ele é.

Assim, percebemos que toda matéria teve um ponto de origem. Ela pode até ser eterna daqui para frente, pois Deus que é ato absoluto pode mantê-las, contudo ela nem sempre existiu.

Conclusão
Portanto, concluímos embasados na lógica e na ciência metódica que crer em Deus é plenamente racional e está de acordo com a natureza universal. Seria uma imbecilidade crer que tudo o que existe se fez por si mesmo, seria como forçar o resultado por meio de malabarismos matemáticos para 2 + 2 se obter 5. O ateísmo não tem lógica e estoura contra toda racionalidade ao ponto do orgulho putrefazer o intelecto. É lamentável que o orgulho sempre esteja parasitando as decisões daqueles que rejeitam Deus, para estes sempre haverá uma montanha quase intransponível para voltarem atrás em sua opção pelo ateísmo. Enquanto perseguem borboletas estão desperdiçando tempo oportuno.

Disse Paulo Apóstolo: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” Rm 1,20.

Davi bem observou: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Sl 19,1
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4 comentários:

  1. Belo trabalho irmão. Belo blog.
    O Senhor abençoe.

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  2. Belo trabalho irmão. Belo blog.
    Deus abençoe.

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  3. "O ateísmo não tem lógica e estoura contra toda racionalidade ao ponto do orgulho putrefazer o intelecto".

    Você precisa estudar neurociência. O nosso cérebro por si só - busca uma lógica - de onde nós viemos. E diante disso, vem perguntas paralelas das origens de cada coisa. Colocar deus como ínicio de tudo é tão desonesto como AFIRMAR que duendes não existem. Portanto, ninguém SABE se deus existe ou não.

    O que podemos afirmar que é; deus é igual o amor. Ambos, não são independentes, só existem porque você sente. Se você não existesse, eles não existiriam. É tudo questão crença.

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  4. Ridículo. Vocês não podem afirmar que deus existe. Cada um acredita no que quiser... Vocês são ignorantes ao extremo. Tem preguiça de pensar .

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