sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Os Problemas da Não Catolicidade

Nos é importante e vital, atentar que quando Jesus consumou sobre Si o pacto mosaico e estabeleceu a Nova e Eterna Aliança, Ele o fez com a Sua Igreja e apenas com ela (Lc 22,10). Ele próprio o fez e não há em toda a Escritura autorização ou precedentes nem de longe, que revele alguém 'iluminado' à determinar outra Igreja salvífica caminhando em paralelo a Sua que foi assinada, endossada e empossada com Seu sangue e imolação, também testemunhada de forma indelével nos anais da história com o sangue de milhares de mártires por estes dois milênios e guiada até aqui por seu próprio dono e resgatador conforme Sua Palavra (Mt 28,20). Caso aconteça diferente, seria isso uma usurpação insolente e profana do sagrado (Jo 6,48-59; Jo 20,21-23; At 2,1-4; Lc 22,14-20; 1Co 11,23-26). 

Assim, deve ficar claro, que de fato não pode haver salvação em qualquer outro lugar que não seja por meio de Sua Igreja una no Espírito, na fé e no batismo (Ef 4,4-5), mesmo que isso cause perturbação a muitos ou mesmo a todos - que seja, porque qualquer outra tentativa de estabelecimento de igreja por meros homens na semelhança da verdadeira como se fosse divina, é pura soberba humana para a sua perdição e daqueles que tomarem parte desta falsificada. Este é o joio espalhado que assemelha-se ao trigo na aparência, mas não produzem frutos para sustento do espírito humano, mas apenas para as lagartas e os insetos. O verdadeiro Pão se faz com o trigo semeado pelo Senhor, assim como a verdadeira bebida se faz de Vinho puro da vinha do Senhor.

A verdade jamais mente, porém, são nossos olhos e ouvidos que possuem o filtro dos desejos mais recônditos que peneiram apenas aquilo que nos interessa, e assim começa a doença do espírito que anseia não o bom, o justo ou o reto, mas unicamente a satisfação dos próprios desejos, até porque, a traição de nós mesmos é acharmos que, o que temos de bom é o suficiente para nos afastar do mal ou mesmo granjear o sorriso de aprovação de Deus. Deste modo, pisamos no laço do passarinheiro sob a forma das justificativas trazendo sobre nós o pecado pela nossa ganância e soberba de uma alma empapada dos modismos desta geração má (Je 5,26-31). 

De fato, a Igreja cristã primitiva se tornou firme e estável por sempre ter sido Católica Apostólica e Romana. No livro de Atos podemos compreender em sua linha do tempo os acontecimentos e trajetórias, que, apesar de ela ter começado em Jerusalém obviamente, em seu desfecho a Igreja se estabeleceu e organizou-se em Roma, com primeiramente Paulo pregando o evangelho aos romanos até sua morte (At 1,1-9; 2,1-12; 28,14-31; 23,11). Em segundo lugar, temos Pedro que escreveu sua primeira epístola estando em Roma* (1Pe 1,1; 5,13). Desta forma, as duas colunas principais do cristianismo são literalmente fundadas e alicerçadas eternamente em Roma, pois ambos foram ali executados e sepultados evidenciando as intenções Divinas de desvinculação da antiga Aliança Mosaica em Jerusalém, visando uma Nova e Eterna Aliança.

Neste ponto, a Nova e Eterna Aliança não possui suas bases na Aliança Mosaica, mas a antiga Aliança Mosaica é que foi sombras da realidade em Cristo (Mt 5,17-18; Jo 19,30; Hb 7,12; Cl 2,16-17). 

Eu vejo nisso uma grande sabedoria de Deus por três outros motivos elementares além deste citado acima:
1- O poder moderador e unificador da Igreja primitiva ter saído de Jerusalém e se estabelecido em Roma, possibilitou que o evangelho fosse proclamado fortemente em toda a Terra com o aval posterior do próprio imperador de Roma, apesar das perseguições do princípio. E diga-se de passagem, perseguições e mortes que também aconteciam em escala em Jerusalém desde os santos Profetas até João Batista adentrando aos cristãos; 
2- Essa mudança de base foi de extrema importância à Igreja também pelo motivo das constantes guerras ideológicas que ocorriam em Jerusalém, da qual se arrastam até os dias de hoje, fazendo dela um caldeirão sempre fervente e um lugar inóspito aos cristãos;
3- Em 70aD Jerusalém foi aplainada pelo general romano Tito. Se os fundamentos da Igreja estivessem ali naqueles dias, possivelmente ela teria sido dizimada juntamente com o Templo judaico e todos ali. O sacerdócio judaico fortemente arraigado e suas seculares práticas da Lei foram completamente extintas por tão grande destruição que se deu, o que não se diria portanto, do cristianismo que estava nascendo se ali estivessem seus alicerces? 
Mas não foi o caso da Igreja de Cristo por notória providência Divina.

Assim, a Igreja é Católica porque é universal, ou seja, ela apesar de estar espalhada por toda a Terra, está em plena comunhão em um só Corpo em Cristo Jesus, seu único Senhor e dono (Cl 2,18-19), e não pode haver dúvidas neste ponto ou malabarismos de pensamentos e argumentos para se opor a tão grande e sábia disposição Divina. Ela ao mesmo tempo que é física e alicerçada nos santos apóstolos e em Pedro, está nos Céus ancorada em Cristo (Mt 16,18; Ef 4,4-6; 2,20; Hb 12,22-24). Ela é o solo santo da entrada segura e sagrada para a escada que Jacó deslumbrou, aquela que liga a Terra ao Céu e o Céu à Terra testemunhada pelo altar de pedra erigido por Jacó, da qual descansou sua cabeça em Pedro, a pedra fundamental do solo Santo (Gn 28,10-19). Ela é a sagrada Betel, morada do Deus verdadeiro na Terra.

Aquele que não enxerga claramente isso, ou seja, Cristo em Sua Igreja, mas recebe a tênue impressão de um certo espantalho de Jesus em qualquer outra denominação de cunho humano, é porque pertence a pior espécie de cego que possa haver, a saber, a cegueira auto imposta a favor de recompensas egoístas nas pastagens dos pastores de si mesmos. 

Quando desviamos nossos olhos do verdadeiro Jesus dos evangelhos, é porque Sua luz tem ofuscado nossos interesses assim como ofuscou os interesses dos Fariseus e de Saulo (Jo 3,19-20; 8,12; 9,5; At 9,3-9), então, buscamos em outros Jesuses a sua tênue luz para que a nossa brilhe sem fazermos caso do olho do entendimento, mas buscando apenas pelo brilho que possamos emanar (Fp 4,7; Mt 5,14-16; 6,5). Todos que tomam esse caminho, não percebem que na mesa do Senhor, ainda não existe um grande banquete e uma grande festa de casamento como procuram, mas ali estão apenas um humilde Pão sem fermento e uma taça de Vinho para serem consumidos às pressas, já que ainda celebramos a Páscoa e não entramos na Terra prometida com a união dos noivos (Ex 12,11; Lc 14, 15-24; 1Co 5,7). É por tal motivo que na semelhança do antigo Templo, a Igreja possui um altar e sacerdotes para celebrar os sacrifícios contínuos da imolação do Cordeiro junto à assembléia. Mentem, enganam e iludem todos os miseráveis cultos protestantes em que chamam de altar um mero púlpito em que se vomita enganos circenses e da qual não se realiza nenhum sacrifício do Cordeiro de Deus a serem consumidos como memória da Nova e Eterna Aliança estabelecida 'com' e 'para' somente Sua Igreja única (Lc 22,19-20; 1Co 11,24).  

Aquele que testifica pelos púlpitos do mundo que encontrou Jesus fora de Sua Igreja entregue à nós, é um mentiroso que nunca teve real interesse em Jesus, porém, encontrou lá fora a possibilidade de satisfazer seus anseios recônditos, e portanto, adotou a caro preço, uma falsificação de um permissivo Jesus cover (1Jo 2,18-19). 

Tenho aqui comigo, que Lutero devia ser mais perfeito que Cristo Jesus, porque estas pessoas crêem muito mais neste homem miserável, ardiloso e insidioso, bem como nas suas dezenas de milhares de igrejas tão mais divergentes de que convergentes, mas não crêem em Jesus o cordeiro imolado de Sua Igreja única duas vezes milenar autora da Bíblia que enganosamente dizem ser deles. Isso é espantoso, porque demonstra a força que a capacidade humana possui para defender a honra de seu ponto de vista em detrimento da verdade e da sua miserável alma.

E mais, se cada qual pode solitariamente interpretar a Bíblia e se todas as explicações estão corretas mesmo que não concorram em unidade, porque então, apenas o entendimento da Igreja Católica é errado e abominável? Que permissividade é esta que apenas os inúmeros dialetos dos smilingüidos podem ser falados? Entendo assim, que a salvação para essas pessoas vêm unicamente de qualquer bandeira protestante que se carregue e apenas isso. Daí o motivo de dizerem que placa de denominação não salva, isso lhes permitem mobilidade para que saltem de um galho ao outro de consciência tranquila, descompromissada e irresponsável, porque, onde o espantalho Jesus for mais atuante, ali estarão as multidões se comprimindo em busca da satisfação de suas necessidades materiais e de entretenimento impelidas pelos ventos da velhacaria. Tal fato foi lamentado pelo próprio Jesus, pois estas pessoas só O buscavam pelos benefícios egoístas que poderiam advir dEle (Jo 6,26).

Lutero realmente deve ter sido um grande homem, porque a comoção causada pelo luteranismo foi tão grande, que arrebanhou centenas de milhões de pessoas às suas religiões tão autênticas quanto o próprio maometismo. Lutero, provou para estas pessoas que o Jesus dos evangelhos foi um mentiroso quando disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja e que Ele estaria com ela até o fim dos tempos (Mt 16,18; 28,18-20). Sim, o inferno triunfou contra a primeira Igreja, agora você pode optar por qualquer uma das mais de 50.000 denominações derivadas de seus lombos.

Foram 2.000 anos de judaísmo com a Aliança Mosaica, agora fazem 2.000 anos que a Igreja foi instituída debaixo da Nova e Eterna Aliança, contudo, após 1.000 anos apareceu Maomé instigando milhões de pessoas a se oporem à Igreja, após 500 anos, aparece Lutero, o 'iluminado' instigando milhões a se desviarem para a sua denominação. Após 250 anos, apareceram as muitas seitas filhas. Após 125 anos se dá o Big-Bang americano de seitas malucas arrebanhando outros milhões. Após 60 anos, explodiu ruidosamente dezenas de milhares de seitas derivadas destas. Agora, essa bola de neve tá indo abismo abaixo tão mais rapidamente na proporção do peso de seus adeptos. Entretanto, todos estão corretos e salvando, só a Igreja Católica milenar está isolada no canto e errada. Trágico isso, muito trágico... à eles claro!

* Apesar de Pedro citar que estava na Babilônia, devemos nos lembrar que esta cidade não mais existia e já estava deserta nessa época assim como Deus havia decretado em Sua Palavra (Is 13,20-21; Is 55,11). O que ele se referia, era que, assim como Babilônia em sua época áurea foi a capital da idolatria e perseguidora do povo de Deus, por outro lado, foi ela a pavimentadora de suas liberdades para o estabelecimento da verdadeira adoração na Terra. Profeticamente esta palavra para Roma traçou o mesmo paralelo com a antiga Babilônia. 

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