sábado, 30 de janeiro de 2016

Nivelamento Econômico Socialista

Em relação aos demais, cada indivíduo é desigual em sua herança genética, em sua criação, em seu ambiente de vivência, em seu grau de consciência e acima de tudo, em suas escolhas que faz ao longo da vida para si próprio. Desta forma, apesar de vivermos em sociedade, nossos caminhos são muito distintos por sermos seres complexos apesar de semelhantes biologicamente. Dentre tantas circunstâncias que a vida nos impõe, uma das principais é o efeito favorável da desigualdade econômica, a qual vários progressistas socialistas em seus devaneios insensatos dizem ter de ser remediada por políticas que levem à igualdade econômica. 

A desigualdade econômica soa estranho à você? Pois bem, de todas as liberdades almejadas por uma sociedade saudável, a liberdade econômica é a mãe de todas as outras liberdades. Sem ela, todos os outros direitos estarão comprometidos. Por exemplo, tente imaginar sua liberdade morando em um belo lugar com muitos atrativos sem da qual, você tenha condições financeiras de usufruir um pouco daquilo. Seu inferno será inversamente proporcional ao paraíso em que se encontra. Esta exposição, demonstra que seu direito civil não pode ser exercido sem que haja uma liberdade econômica.

Assim, a propalação da igualdade econômica, pode soar belo aos ouvidos daqueles que não estão atentos às ciladas que se escondem por detrás deste embuste de governos e organizações corruptas ávidos pelo poder. Tal imposição nunca na história de qualquer civilização tem dado certo, porque implica na subtração de direitos básicos do cidadão quanto à sua liberdade pessoal de escolha, é roubar-lhes o direito de aquisição e usufruto de bens particulares e acima de tudo, é despoja-los da liberdade política e participativa visando uma sociedade melhor. 

Dentre vários, alisto três principais efeitos nocivos da planificação econômica que minam as estruturas de uma sociedade que pretende alcançar a prosperidade em todas as dimensões da vida de seus cidadãos:

1. A igualdade econômica é uma violação dos direitos naturais de cada indivíduo, no qual podemos equipara-la com a terceira lei de Newton relativa ao princípio da ação e reação, onde para cada força aplicada em um sentido, haverá outra força a ser vencida em sentido oposto. Apesar desta lei ser formulada originalmente à dinâmica dos corpos, ela abrange naturalmente os esforços direcionados na labuta pela vida de cada pessoa agravado por este sistema. Por exemplo:

- Sob um ambiente de liberdade econômica, um indivíduo que deseja produzir duas vezes mais no mesmo tempo em que todos os outros continuam produzindo o mesmo, este será capaz de usufruir do fruto de seu trabalho uma maior remuneração, pois teve um maior rendimento, além dos benefícios advindos de sua maior capacidade. Por outro lado, estando ele sob a igualdade econômica, seus melhores resultados de produção serão divididos com os demais, assim, este indivíduo em vez de receber seus justos dividendos distintos como resultado do maior esforço e capacidade, irá recebe-los em mesma proporção que os demais independente de seus méritos, ou seja, a força contrária a sua diligência é tão maior ao ponto de arrebatar seu estimulo para sua continuidade a bem do esforço que não vinga, imposto pelo fluxo ordinário oriundo deste tipo de sistema.

De modo contrário, estando sob a liberdade econômica, um indivíduo se assim desejar, será capaz de prosperar sua vida proporcional aos esforços aplicados, pois neste sistema, cada qual responde por si mesmo. Porém, quando uma política estabelece que para ele prosperar, será obrigado a melhorar o bem-estar de todos ali na mesma qualidade que deseja a si, perceberá que não existe força neste mundo para tamanha empreitada, especialmente quando a maioria é adepta a lei do menor esforço, inapta ou tem outros objetivos para suas vidas.

2. Na igualdade econômica encontramos apenas duas situações polarizadas: 
a) Pagar bem para todos para que haja um sociedade sadia. Porém, isto entra em conflito imediato com qualquer tipo de economia, inclusive esta de nivelamento econômico, porque como pagar bem para uma baixa produção e de qualidade suspeita?
b) Pagar o mínimo. Isto cria sem dúvida alguma, uma sociedade doente de pessoas incapacitadas, dementes e de pobreza permanente em todas as facetas da vida.

Assim, neste sistema todos sempre são nivelados por baixo e isto é facilmente provado por meio dos livros de história.

Por outro lado, a desigualdade econômica é indispensável para que as pessoas menos capacitadas se desenvolvam por aspirarem alcançar do mesmo padrão que aqueles outros que já estejam usufruindo, ou seja, há para elas um modelo superior que merece ser imitado.

Podemos continuar com o exemplo anterior. Imaginemos aquele mesmo trabalhador que é mais produtivo que os demais. Ele tendo melhor remuneração e por consequência melhor qualidade de vida, revela aos outros a possibilidade de também conseguirem o mesmo, e assim, aquele único será capaz de estimular nos demais o desejo de desenvolverem seus dons e habilidades para usufruírem os mesmos ganhos. Com isto, todos afloram o seu trabalho e a sua criatividade para o bem comum.

3. A igualdade econômica imposta por governos dissimulados em meio a liberdade econômica, dilui a riqueza do cidadão competente em favorecimento dos inaptos e isto, significa a destruição da sociedade e da nação inteira. 

O motivo disto, é que a riqueza dos ricos não está na quantidade de dinheiro em espécie que estes guardam em seus cofres ou bancos, mas está em suas industrias, empresas, maquinários, equipamentos, ferramentas, produção, capital de giro e etc. Estes agentes em pleno funcionamento, produzem todos os bens e serviços necessários para uma sociedade sadia e este desenvolvimento demanda mais mão-de-obra e serviços. Por sua vez, a maior produção, significa preços mais baixos e mais necessidade de trabalhador especializado. Trabalho especializado significa maiores salários e arremete a melhor qualidade daquilo que chega ao mercado. 

Assim como vira uma bola de neve montanha abaixo o sistema de igualdade econômica para a sociedade, de mesma forma pelo oposto, a desigualdade econômica catapulta a sociedade para o seu desenvolvimento. Pois, quando o indivíduo não tem necessidade de se ocupar diariamente com seu estômago e nem fingir que trabalha e o governo fingir que paga, ele tem a plena liberdade para engenhar, criar e expandir em todas as direções.

Quando eu quero saber como devo proceder para ficar rico, vou me orientar com um rico ou com um pobre? Claro que darei atenção a opinião de um rico! Que orientações acertadas poderiam vir de um pobre? Tenho que me espelhar em alguém superior a eu e não nos iguais ou inferiores, correto?

 Portanto, para uma sociedade se desenvolver, deve-se investir nos pobres ou nos ricos? Se você pensou nos pobres, errou miseravelmente. Claro que todo país evoluído deve ter uma politica assistencial, o que difere grandemente de politicas assistencialistas, que a propósito, isto seria investimento em pobre que não trás retorno algum à sociedade, mas a onera e pouco faz pelo assistido. 

Pois bem, quando os principais recursos de uma sociedade são investidos em empreendimentos, como já disse, esse dinheiro não irá para a gaveta de seus donos ou para seus carros novos e gastos consigo próprio, mas sim, irá para suas industrias, maquinas, material e tudo mais para maior produção e assim, novos postos de trabalho serão gerados e o pobre por conseguinte, melhora sua condição econômica e por consequência, todos os outros aspectos de sua vida melhora, inclusive se abrem oportunidades para também serem ricos.    

A nossa realidade desde sempre, foi um mundo de escassez. Se não trabalharmos duro e produzirmos além do necessário para trocarmos por outros itens, a miséria e a carência nos pegará rapidamente assim como a história insiste em nos mostrar. Mas para que isto não aconteça, precisamos de incentivo e apoio do governo, que no caso dos que pregam o nivelamento econômico, não estão dispostos a conceder, pois estão preocupados demais em salvar o estado e não o mercado e a sociedade, como se o estado não fosse e nem dependesse da sociedade...
A pior forma de desigualdade, é tentar fazer duas coisas diferentes, iguais (Aristóteles)

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