domingo, 3 de novembro de 2013

Que Nada Falte

Quando criticamos os defeitos de alguém, na verdade, para o bom observador, estamos expondo o nosso próprio caráter. Assim, para que possamos fazer uma digna avaliação qualitativa negativa de um outro indivíduo, primeiro devemos ao menos listar quatro vezes mais virtudes nossa para que tenhamos um mínimo de autoridade no falar. Uma vez então, provido de prerrogativa legal, expresse-se calmamente.

Entretanto, para podermos adquirir experiência de vida, devemos levar em conta que todos possuímos defeitos, bem como, virtudes. Assim, em alguma particularidade podemos ter suficiência enquanto aquela outra pessoa possui pouco domínio. Contudo, há diversas outras características nossa que somos deficientes e assim, passíveis de críticas se fundamentados no princípio do direito à crítica sem o devido conhecimento de causa.

Agir desta forma é agir sem coerência por limitar nossa inteligência. Seria como ter dois olhos e não abrir mão de enxergar apenas com um. Seria como ter duas pernas e andar aos pulos apenas com uma. Seria como ter dois braços e utilizar apenas um.

Devemos ter primeiramente a obrigação para conosco mesmo de jamais nos limitarmos. Devemos ser pessoas inteiras a começar pelo nosso espírito. Quando observamos uma pessoa apenas pela metade, pela metade a estamos observando, isto é, os olhos veem, mas o juízo está cego.

Quando uma pessoa é observada por inteiro, enxergamos sua imagem moral nitidamente e assim temos as competências necessárias para agirmos em conformidade com os verdadeiros princípios sem nos expormos ao ridículo para observadores mais criteriosos. 

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