quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Uma Nova Fronteira

Na razão, temos a capacidade da análise e assim, do julgamento pela compreensão. Mas será que este julgamento é sempre digno? 

Bem, quando se trata de pessoas, digo um retumbante 'não' e reforço com um 'nunca' e um 'jamais'!

Não raro, não conseguimos compreender a totalidade de uma motivação por não possuímos todas as informações, percepções, concepções e mesmos pontos de vistas para conhecermos o espírito que demoveu um indivíduo a determinada ação até mesmo anteriormente combatida por ele. Portanto, a razão é apenas uma pequena fração que perfaz a soma total desta compreensão. Neste caso, devemos estar participando com mais um ingrediente que é fato ser relegado aos bastidores quando se trata do julgamento alheio e essencial em nossas reivindicações quanto ao nosso próprio julgamento, a saber, a sensação intensa das emoções. É esta que nos faz participar dos motivos mais recônditos da alma alheia e então, numa hipótese remotamente boa, entender o espírito conduzido.

O que quero fazer-me compreendido, é que as idéias lógicas são as que sempre se repetem, já que da mesma causa sempre segue o mesmo efeito. E isto, a ciência aprecia muito, porque traz resultados demonstrados, mas se tudo nos inter-relacionamentos fossem tão amarrado assim, nada aconteceria, tudo se repetiria e o dinamismo da vida pareceria mais um limitado algoritmo determinístico de um computador ou dos instintos animais de que a realidade da vida inteligente e complexa.

Todos nós somos seres lógicos na estrutura da mente elementar pelas relações diretas que temos com este mundo material de causas e efeitos, contudo, somos diferentes em nossos caráter, objetivos, gostos, e demais características dos seres libertos dos instintos primatas, pois, cada qual tem uma história própria e muito distinta. Portanto, não podemos pela lógica conhecer uma pessoa apenas pela aparência ou pela convivência de um dia, um mês, um ano... Temos que imergir em sua história, porque tão e mais importante quanto o dito é o não dito, o reprimido, o evitado e o engolido.

Nada em uma pessoa é terminado ou é completo. Tudo, absolutamente tudo é inacabado em nós, pois somos de natureza em constante desenvolvimento e mudanças. Assim, diferentemente somos dos animais e das plantas que são seres completos e perfeitos dentro de suas categorias, ou seja, são seres previsíveis. 

O átomo se chama átomo porque acreditávamos que ele não poderia mais ser decomposto, de mesma forma, o que vemos como final em um indivíduo, se trata apenas de uma nova fronteira a ser examinada cuidadosamente deste lado de cá o que há daquele outro lado  de lá, antes de nos aventurarmos em terras desconhecidas... 

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