Há algumas décadas atrás, comprar qualquer produto chinês era dar um tiro no próprio pé devido a baixa qualidade que estes possuíam, a bem da verdade, não valiam nem o barato que custavam (este cenário mudou). Naquela época, a técnica utilizada era desmontar e copiar um bom produto, porém, sem entender exatamente os princípios envolvidos e então, o reproduziam. Em um dado momento o governo chinês acordou e percebeu o potencial que o país tinha em recursos humanos. A partir daí, investiu-se pesado na educação e assim, hoje a China produz muito, entretanto não estou me referindo aos itens de consumo, refiro-me tão somente a mão-de-obra altamente especializada, a saber, aproximadamente 400 mil engenheiros por ano de todas as modalidades de atuação. Acha muito? Mas não é! A Índia, aquele país estranho para muitos de nós com suas miríades de deuses e milhões de babas exóticos, produzem 280 mil, a Coréia põe no mercado 80 mil engenheiros por ano em um território menor que 100.000 Km2, já o Brasil consegue colocar no mercado apenas pouco mais de 30 mil engenheiros, sendo que apenas as nossas montadoras de automóveis e produtoras de petróleo e derivados necessitam juntas de 34 mil.